segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A "Guerra" das Fundações...


Como refere Noam Chomsky na sua lista das "10 estratégias de manipulação dos media e da opinião pública " os 2 primeiros principios aplicam-se claramente nesta pseudo guerra entre a autarquia e o governo e têm apenas o objectivo de permitir a Carlos Carreiras afirmar-se como "defensor" da cultura local perante os seus munícipes, colocando os interesses da sua região teóricamente antes do seu próprio governo,  tentando passar uma imagem de isenção e de pouca solidariedade política ... ele que dizia aos ministros do governo Passos Coelho que a partir de agora teriam pensar como políticos e não como gestores.


Senão vejamos

1ª Estratégia - A estratégia da distração:
 
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas.. 


a 2ª Estratégia é  Criar problemas e depois oferecer soluções:
Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o suplicante das medidas que se deseja fazer aceitar.,
 
Por exemplo criar uma crise económica para que o povo  aceite como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


Analizemos o histórico das declarações de vários responsáveis da autarquia:

- Dia 8 de Agosto de manhã o Governo publica resultados da avaliação feita às fundações autárquicas e das 10 a serem extintas constam a Fundação Paula Rego e a Fundação D. Luis I, ambas em Cascais.


- Dia 8 de Agosto pelas 23:00 o vereador do pelouro fiananceiro Nuno Piteira em declaração aos media diz : Neste momento, os serviços camarários estão a "analisar as várias opções possíveis", que poderão até passar pela fusão da fundação Paula Rego com a D. Luís I. "Pode haver a fusão das duas, sim", admite o vereador.



- Dia 9 de Agosto Carlos Carreiras pelas 15:00 diz em comunicado de imprensa e contrariando Nuno Piteira  defende que se a proposta governamental avançar será necessário “mais dinheiro e mais investimento para, potencialmente, fazer menos e fazer pior do que aquilo que é hoje assegurado com excelência pelas duas fundações".

Carlos Carreira sublinha ainda que, a concretizar-se, a extinção das duas fundações irá traduzir-se numa “perda significativa de prestígio internacional e da própria idoneidade do Estado português”.





-  Mais tarde em comunicado de imprensa e cerca das 20:00 o líder socialista local, Alexandre Sargento, considerou que "contrariamente ao que o atual presidente da câmara afirma, a extinção proposta pelo Governo das fundações D. Luís I e Paula Rego é uma oportunidade de fazer mais e melhor com menos e considera que “pode ser estruturada uma solução de apenas uma fundação que mantenha a capacidade de recurso aos fundos do jogo afetos a projetos e programas exclusivamente de interesse turístico e cultural, bem como de atuais e potenciais mecenas privados".
O presidente da concelhia do PS sugere ainda que a nova entidade a criar seja, "do ponto de vista dos encargos para o município, menos onerosa do que a soma dos significativos encargos das atuais, reorganizando e maximizando capacidades e competências, por forma a gerar uma poupança significativa, real e não virtual".... ou seja o mesmo que Nuno Piteira afirmou no seu comunicado inicial sobre a possivel fusão das duas Fundações.

- No mesmo dia pelas 21:00 António Capucho ex-presidente da CMC e comentador político diz em entrevista na SIC Noticias que O ex-presidente da Câmara de Cascais, António Capucho (PSD), considera que a proposta de extinção da Fundação Paula Rego, apresentada pelo Governo à autarquia, “não faz sentido nenhum”, até porque a instituição “não recebe um tostão de incentivos do Estado” pois os apoios públicos recebidos pelas instituições resultam de benefícios da criação e extensão da zona de jogo do Estoril, verbas “exclusivamente destinadas a projectos e programas de relevante interesse turístico e cultural”.

“Há aqui um equívoco monumental que é o Governo fazer as coisas em cima do joelho”, acrescentou António Capucho, que defende que o Executivo “devia ouvir as entidades que estão a responder” antes de tornar públicas as suas intenções. Em vez disso, critica, a Tutela “resolveu fazer show-off e publicar nos jornais por todo o lado esta história que parece ser popular de extinguir coisas”.

Conclusão: Qual foi o objectivo ??? voltem ao principio deste texto e podem encontrar a explicação...

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