Como refere
Noam Chomsky na sua lista das "10 estratégias de manipulação dos media e
da opinião pública " os 2 primeiros principios aplicam-se claramente nesta
pseudo guerra entre a autarquia e o governo e têm apenas o objectivo de
permitir a Carlos Carreiras afirmar-se como "defensor" da cultura
local perante os seus munícipes, colocando os interesses da sua região teóricamente
antes do seu próprio governo, tentando passar uma imagem de isenção e de pouca solidariedade política ... ele
que dizia aos ministros do governo Passos Coelho que a partir de agora teriam
pensar como políticos e não como gestores.
Senão vejamos
1ª Estratégia
- A estratégia da distração:
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da
distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas
importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas..
a 2ª Estratégia
é Criar problemas e depois oferecer soluções:
Cria-se um problema, uma “situação”
prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o
suplicante das medidas que se deseja fazer aceitar.,
Por exemplo criar
uma crise económica para que o povo aceite como um mal necessário o
retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
Analizemos o
histórico das declarações de vários responsáveis da autarquia:
- Dia 8 de
Agosto de manhã o Governo publica resultados da avaliação feita às fundações
autárquicas e das 10 a serem extintas constam a Fundação Paula Rego e a Fundação
D. Luis I, ambas em Cascais.
- Dia 8 de
Agosto pelas 23:00 o vereador do pelouro fiananceiro Nuno Piteira em declaração aos media diz : Neste
momento, os serviços camarários estão a "analisar as várias opções possíveis",
que poderão até passar pela fusão da fundação Paula Rego com a D. Luís I. "Pode
haver a fusão das duas, sim", admite o vereador.
- Dia 9 de
Agosto Carlos Carreiras pelas 15:00 diz em comunicado de imprensa e contrariando Nuno Piteira defende
que se a proposta governamental avançar será necessário “mais dinheiro e mais
investimento para, potencialmente, fazer menos e fazer pior do que aquilo
que é hoje assegurado com excelência pelas duas fundações".
Carlos Carreira sublinha ainda
que, a concretizar-se, a extinção das duas fundações irá traduzir-se numa “perda
significativa de prestígio internacional e da própria idoneidade do Estado
português”.
- Mais
tarde em comunicado de imprensa e cerca das 20:00 o líder socialista
local, Alexandre Sargento,
considerou que "contrariamente ao que o atual presidente da câmara afirma,
a extinção proposta pelo Governo das fundações D. Luís I e Paula Rego é uma
oportunidade de fazer mais e melhor com menos e considera que “pode ser
estruturada uma solução de apenas uma fundação que mantenha a capacidade de
recurso aos fundos do jogo afetos a projetos e programas exclusivamente de
interesse turístico e cultural, bem como de atuais e potenciais mecenas
privados".
O presidente da concelhia do PS sugere ainda que a nova
entidade a criar seja, "do ponto de vista dos encargos para o município,
menos onerosa do que a soma dos significativos encargos das atuais,
reorganizando e maximizando capacidades e competências, por forma a gerar uma
poupança significativa, real e não virtual".... ou seja o mesmo que
Nuno Piteira afirmou no seu comunicado inicial sobre a possivel fusão das duas
Fundações.
- No mesmo dia
pelas 21:00 António Capucho ex-presidente da CMC e comentador político diz em entrevista
na SIC Noticias que O ex-presidente da Câmara de Cascais, António Capucho
(PSD), considera que a proposta de extinção da Fundação Paula Rego,
apresentada pelo Governo à autarquia, “não faz sentido nenhum”, até porque a
instituição “não recebe um tostão de incentivos do Estado” pois os apoios públicos recebidos pelas
instituições resultam de benefícios da criação e extensão da zona de jogo do
Estoril, verbas “exclusivamente destinadas a projectos e programas de relevante
interesse turístico e cultural”.
“Há aqui um equívoco monumental que é o
Governo fazer as coisas em cima do joelho”, acrescentou António Capucho, que
defende que o Executivo “devia ouvir as entidades que estão a responder” antes
de tornar públicas as suas intenções. Em vez disso, critica, a Tutela “resolveu
fazer show-off e publicar nos jornais por todo o lado esta história que parece
ser popular de extinguir coisas”.
Conclusão:
Qual foi o objectivo ??? voltem ao principio deste texto e podem encontrar a
explicação...
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