Na estratégia de ascensão ao poder de Carlos Carreiras e na
preparação da campanha para as autárquicas de 2013 é notória a continua
necessidade de afirmação da marca Cascais em torno da imagem de Carlos
Carreiras. Os eventos passaram a ser de “Cascais” e “ by Cascais “. Os Campeonatos, os Opens, os Festivais,
as Festas, as Inaugurações, os foguetes e as canas todos levam a marca
“Cascais” numa manifesta afirmação do seu promotor e “ padrinho” Carlos Carreiras.
A era Carlos Carreiras é por isso marcada por uma
concentração de investimento dos dinheiros da autarquia na marca Cascais em
torno da imagem do seu promotor e definitivamente em deterioro de outras
realidades mais necessárias no âmbito social, da saúde, na mobilidade e da
educação, Mas sobretudo uma redução drástica na promoção da região como destino
turistitco, já que a marca de maior prestígio que a região detém, a nível
nacional e internacional, a marca Estoril, foi pura e simplesmente esquecida.
Aliás este facto foi recentemente comprovado, como se dúvidas pudéssem existir,
por trabalho de investigação levado a cabo pela Agência Brandia, no sentido de
apurar a importância relativa das duas marcas, Cascais e Estoril e cujo
relatório final foi hábilmente colocado na gaveta.
Cascais um destino marcadamente turístico com uma história
que afirma a sua vocação como destino de excelência ao longo de mais de 100
anos e que inteligentemente durante décadas e mandatos soube superar interesses
pessoais e partidários e desenvolver-se em torno de uma marca que goza hoje em
dia de enorme reconhecimento internacional e que é o Estoril, dá-se agora ao
luxo pela mão de Carlos Carreiras e por motivos estrictamente propagandísticos
e eleitoralistas, de pôr fim à sua existência condenando e ignorando um século
de história e de investimentos.
Neste processo de concentração na marca CCC, Cascais by
Carlos Carreiras, a marca Estoril foi pura e simplesmente abandonada e os
bastiões que a defendiam sistemáticamente demolidos. É o caso da empresa
municipal Turismo Estoril, que António Capucho conseguiu hábilmente fazer
sobreviver após o assalto do governo sócretino à região, condenando a
existência da região como Região de Turismo e decretando a extinção da
instituição que durante 75 anos representou e promoveu os interesses da
concelho no sector económico mais relevante da região, a Junta de Turismo do
Estoril. Pois como se não bastássem os sócretinos eis que vem agora um cretino
de calibre ainda maior tentar acabar com aquele que é o maior património na
promoção do Concelho de Cascais, a
marca Estoril.
As consequências serão brutais e a região irá perder, num
período já de si extremamente
complicado do ponto de vista económico global, um dos seus maiores trunfos e
empreender uma tarefa impossível, com custos e investimentos astronómicos, de
criar uma nova marca na sua promoção ( a de Carlos Carreiras ). Certamente as
agências contratadas, LPM’s e Next Power's, agradecem os orçamentos associados a
tal empreendimento mais uma vez à custa do dinheiro dos contribuintes, neste
caso dos cascalenses .
CCPCC – Campos de Concentração de Poder de Carlos Carreiras
É óbvio que, consequência desta estratégia e desta política
que orienta os investimentos na promoção da região exclusivamente em
iniciativas que tragam protagonismo a Carlos Carreiras, internamente todos
aqueles que ousem manifestar-se em contrário, tentando contestar e denunciar a
evidência dos factos, apelando ao respeito e ao sentido ético e profissional
que há que manter na gestão dos interesses da região e no seu desenvolvimento
económico, são rápidamente afastados e isolados, condenados ao exílio ou pura e
simplesmente “colocados na prateleira” para que a sua realidade, sem levantar muitas suspeitas, não interfira nos seus objectivos .
Na universo das empresas municipais parece pois existir uma
empresa destinada a concentrar os dissidentes ou amigos do anterior regime (
António Capucho ) e que, por uma questão de imagem, há que manter pseudo
activos, aguardando a melhor altura para a sua execução
definitiva. O “campo” dá pelo nome de Cascais “Dinâmica”, adjectivo que cria a
ilusão de que os seus colaboradores têm uma missão neste novo regime e que surgiu
com a extinção da Turismo Estoril por Carlos Carreiras com o objectivo claro de
cortar com a realidade existente que se relacionava com uma tradição
histórica mas que não servia os seus interesses.
A Cascais Dinâmica concentra na sua estrutura directiva uma
série de quadros que outrora serviram António Capucho e que por ele foram
nomeados e que dificilmente virão a fazer parte do projecto futuro de Carlos
Carreiras. Alguns têm-se esforçado por mostrar conivência e cumplicidade com o
actual “Führer” mas
de nada lhes servirá pois o seu destino está traçado e o seu fim tem data
marcada… isto claro está se o regime de Carlos Carreiras sair vitorioso nas
autárquicas de 2013, pois parecem estar a formar-se alternativas de cidadania
bem mais credíveis e independentes que defendem verdadeiramente os interesses
de Cascais e de todos aqueles, cascalenses de bem, que respeitam e honram o bom
nome da Vila, a sua história e o seu património.
Boas tardes. Fiquei curioso em saber quem é a alternativa independente. Podem fornecer essa informação?
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