quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CCPCC – Campos de Concentração de Poder de Carlos Carreiras



Na estratégia de ascensão ao poder de Carlos Carreiras e na preparação da campanha para as autárquicas de 2013 é notória a continua necessidade de afirmação da marca Cascais em torno da imagem de Carlos Carreiras. Os eventos passaram a ser de “Cascais” e “ by Cascais “.  Os Campeonatos, os Opens, os Festivais, as Festas, as Inaugurações, os foguetes e as canas todos levam a marca “Cascais” numa manifesta afirmação do seu promotor e “ padrinho” Carlos Carreiras.

A era Carlos Carreiras é por isso marcada por uma concentração de investimento dos dinheiros da autarquia na marca Cascais em torno da imagem do seu promotor e definitivamente em deterioro de outras realidades mais necessárias no âmbito social, da saúde, na mobilidade e da educação, Mas sobretudo uma redução drástica na promoção da região como destino turistitco, já que a marca de maior prestígio que a região detém, a nível nacional e internacional, a marca Estoril, foi pura e simplesmente esquecida. Aliás este facto foi recentemente comprovado, como se dúvidas pudéssem existir, por trabalho de investigação levado a cabo pela Agência Brandia, no sentido de apurar a importância relativa das duas marcas, Cascais e Estoril e cujo relatório final foi hábilmente colocado na gaveta.

Cascais um destino marcadamente turístico com uma história que afirma a sua vocação como destino de excelência ao longo de mais de 100 anos e que inteligentemente durante décadas e mandatos soube superar interesses pessoais e partidários e desenvolver-se em torno de uma marca que goza hoje em dia de enorme reconhecimento internacional e que é o Estoril, dá-se agora ao luxo pela mão de Carlos Carreiras e por motivos estrictamente propagandísticos e eleitoralistas, de pôr fim à sua existência condenando e ignorando um século de história e de investimentos.

Neste processo de concentração na marca CCC, Cascais by Carlos Carreiras, a marca Estoril foi pura e simplesmente abandonada e os bastiões que a defendiam sistemáticamente demolidos. É o caso da empresa municipal Turismo Estoril, que António Capucho conseguiu hábilmente fazer sobreviver após o assalto do governo sócretino à região, condenando a existência da região como Região de Turismo e decretando a extinção da instituição que durante 75 anos representou e promoveu os interesses da concelho no sector económico mais relevante da região, a Junta de Turismo do Estoril. Pois como se não bastássem os sócretinos eis que vem agora um cretino de calibre ainda maior tentar acabar com aquele que é o maior património na promoção do Concelho de Cascais,  a marca Estoril.

As consequências serão brutais e a região irá perder, num período já de si  extremamente complicado do ponto de vista económico global, um dos seus maiores trunfos e empreender uma tarefa impossível, com custos e investimentos astronómicos, de criar uma nova marca na sua promoção ( a de Carlos Carreiras ). Certamente as agências contratadas, LPM’s e Next Power's, agradecem os orçamentos associados a tal empreendimento mais uma vez à custa do dinheiro dos contribuintes, neste caso dos cascalenses .

CCPCC – Campos de Concentração de Poder de Carlos Carreiras



É óbvio que, consequência desta estratégia e desta política que orienta os investimentos na promoção da região exclusivamente em iniciativas que tragam protagonismo a Carlos Carreiras, internamente todos aqueles que ousem manifestar-se em contrário, tentando contestar e denunciar a evidência dos factos, apelando ao respeito e ao sentido ético e profissional que há que manter na gestão dos interesses da região e no seu desenvolvimento económico, são rápidamente afastados e isolados, condenados ao exílio ou pura e simplesmente “colocados na prateleira” para que a sua realidade, sem levantar muitas suspeitas, não interfira nos seus objectivos .

Na universo das empresas municipais parece pois existir uma empresa destinada a concentrar os dissidentes ou amigos do anterior regime ( António Capucho ) e que, por uma questão de imagem, há que manter pseudo activos,  aguardando  a melhor altura para a sua execução definitiva. O “campo” dá pelo nome de Cascais “Dinâmica”, adjectivo que cria a ilusão de que os seus colaboradores têm uma missão neste novo regime e que surgiu com a extinção da Turismo Estoril por Carlos Carreiras com o objectivo claro de cortar com a realidade existente que se relacionava com uma tradição histórica mas que não servia os seus interesses.

A Cascais Dinâmica concentra na sua estrutura directiva uma série de quadros que outrora serviram António Capucho e que por ele foram nomeados e que dificilmente virão a fazer parte do projecto futuro de Carlos Carreiras. Alguns têm-se esforçado por mostrar conivência e cumplicidade com o actual “Führer” mas de nada lhes servirá pois o seu destino está traçado e o seu fim tem data marcada… isto claro está se o regime de Carlos Carreiras sair vitorioso nas autárquicas de 2013, pois parecem estar a formar-se alternativas de cidadania bem mais credíveis e independentes que defendem verdadeiramente os interesses de Cascais e de todos aqueles, cascalenses de bem, que respeitam e honram o bom nome da Vila, a sua história e o seu património.

1 comentário:

  1. Boas tardes. Fiquei curioso em saber quem é a alternativa independente. Podem fornecer essa informação?

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